Este foi o último curso ministrado por Roland Barthes no Collège de France. Neste curso, Barthes empreendeu 'uma interrogação sobre as condições (interiores) em que um escritor, hoje, pode pensar em empreender a preparação de um romance'. Mas não setratava de analisar o gênero romance de modo histórico ou teórico, nem mesmo de coletar informações sobre as técnicas usadas por diferentes romancistas do passado na preparação de seus romances. O ponto de vista adotado foi o da fabricação, assumidapor um sujeito particular que pretendesse escrever um romance. Essa reflexão lhe permitiria, talvez, a realização da fantasia pessoal de se tornar romancista. No primeiro volume, Barthes examina a prática inicial de toda escrita - a anotação. Em vezdeexaminar os carnês de notas de romancistas, ele analisa o haicai japonês, considerado como 'a realização exemplar de toda anotação'. No haicai, explora três campos de anotações - a individuação das estações e das horas; o instante, a contingência; oafeto leve. Este primeiro curso é acompanhado de um seminário sobre o tema do 'Labirinto'.
Artes / Comunicação / Didáticos / Técnico / Literatura Estrangeira