Esta obra pretende retratar os dez anos da Revolução Francesa à luz de modernas descobertas e interpretações da pesquisa historiográfica. O autor coloca em perspectiva as versões tradicionais dos fatos da época e levanta outros questionamentos para as gerações contemporâneas. Sem desprezar a cronologia e o factual, Vovelle visa refletir em especial sobre as principais interrogações que o período suscita. Assim, questiona algumas das interpretações usuais como, por exemplo, a que atribui um ímpeto belicista aos revolucionários, por terem se engajado na campanha militar pela Europa que desembocou no período do Terror. E também rejeita a interpretação corrente e simplista acerca dos contrarrevolucionários do Oeste francês, que seriam ora defensores do rei, ora fanáticos religiosos - para Vovelle havia ainda um campesinato descontente com a ordem burguesa, cujas necessidades não haviam sido contempladas pelo Estado revolucionário. As análises do autor encontram respaldo não somente em suas citações, mas também em anexos que complementam o texto. São documentos (discursos, leis ou excertos de jornais), mapas e gráficos que ilustram aspectos sociais e econômicos da década.
Comunicação / Crônicas / Ensaios / História / História Geral / Literatura Estrangeira / Não-ficção