Melchior de Vogüé, crítico literário, tradutor e romancista, teve como principal realização a tradução e apresentação à França da obra de importantes autores russos, principalmente Dostoievski. Em sua juventude tem uma estranha visão, busca uma explicação para aquilo que viu e chega esboçar alguns fragmentos filosóficos sobre uma teoria que, a partir de sua visão, tentaria explicar o próprio significado da vida.
Cento e cinquenta anos depois, um homem, Cédric, na proximidade dos quarenta anos, que acabou de se divorciar e está desempregado, busca novos caminhos, uma atividade que lhe traga prazer e possa, ao mesmo tempo, ser rentável. O mundo digital oferece-lhe alguma diversão, um pouco de dinheiro e nenhuma realização pessoal. Quando finalmente desiste de sua aventura decide comprar algo com o dinheiro que lhe sobrou, uma peça que lhe sirva de recordação. Escolhe uma escrivaninha antiga e descobre dentro de um compartimento um diário escrito por Melchior de Vogüé. Ao ler o conteúdo decide que sua vida precisa mudar e aceitará fluxos vitais que antes rejeitara.
Ficção / Literatura Brasileira