Quando A teoria da alienação em Marx foi publicado pela primeira vez, em 1970, seu autor, o filósofo húngaro István Mészáros, já enfatizava a necessidade de se pensar sobre os efeitos nocivos da globalização capitalista. Passados mais de 35 anos, o livro, agora relançado pela Boitempo em nova tradução, mantém sua atualidade ao mostrar que a crença nesse sistema como solução para nossos problemas socioeconômicos é mais um sinal de seu caráter alienante: “a verdade incômoda” – argumenta Mészáros – é que a crise estrutural do sistema do capital “se aprofunda com o passar do tempo, acarretando destrutividade para todo domínio vital”. Esta obra é uma tentativa de transcender esse impasse. Como? Mostrando de que forma o capitalismo interfere em nossa capacidade de autocontrole e nos aliena das forças produtivas que ele esgota em seu “desígnio fetichista de expansão incontrolável”. Dividido em três partes que explicam as origens e a estrutura da teoria marxiana, aspectos da alienação e a importância contemporânea da teoria da alienação de Marx, o livro traz um estudo profundo dos Manuscritos econômico-filosóficos do pensador alemão, se contrapõe à divisão entre o “jovem” e o “velho” Marx e se encerra com uma reflexão sobre a crise na educação.
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