Na primeira metade do século XIX, o Rio de Janeiro tinha a maior população escrava urbana das Américas; seus visitantes ficavam impressionados com a cor 'negra' da cidade. Ao estudar a vida dos escravos durante esse período, este livro estabelece um marco na historiografia brasileira. Utilizando documentos inéditos e múltiplas fontes de informação, Mary C.Karasch desfez mitos e revelou em toda a sua amplitude o fardo da servidão, mesmo no ambiente 'civilizado' da capital do Império brasileiro. A descrição minuciosa de quem eram, do que faziam, de como viviam e morriam os negros que moravam no Rio de Janeiro faz desta obra uma fonte insubstituível de conhecimento sobre o passado e um motivo permanente de espanto.