Escrito com a habilidade e a imaginação de um escritor veterano, Scott Turow utiliza-se de toda sua experiência profissional para descrever processos e tribunais e falar sobre juízes, promotores, advogados de defesa, policiais, suspeitos e testemunhas de um crime. Seu estilo tem a frieza de um Mario Puzo para expor a intimidade dos grupos que cercam o poder e o gosto de uma Agatha Christie pela construção de um crime insolúvel, a atenção sobre um suspeito improvável e um julgamento duvidoso. Mas é nos momentos de reflexão de seu principal personagem e nas descrições das conversas familiares que o escritor revela suas melhores qualidades literárias. Tudo isso torna seu romance rico, denso e envolvente: uma obra exata para as cabeças transgressoras que se deliciam com corrupção, incompetência das instituições legais e os famosos crimes com "requintes de perversidade".
Ficção