"Para entender esse fenômeno - a revolução nas interações - é preciso deixar de lado algumas crenças e buscar novos caminhos conceituais. Nepô está certo: precisamos mesmo de uma nova curadoria de ideias. E isso não significa seguir atalhos ou queimar etapas no processo intelectual. Seria flertar perigosamente com uma literatura descartável, dessas que vendem em aeroportos. Em seu 'Administração 3.0', Nepô revisita paradigmas filosóficos, teóricos e metodológicos. Constrói ferramentas intelectuais para entender a revolução digital não a partir de um vácuo conceitual, mas em bases sólidas e estruturadas. Nem por isso se perde em digressões acadêmicas tão comuns nas universidades brasileiras, onde boa parte dos professores vivem encastelados em seus fundamentalismos, cultuando dogmas, seguidores, e seus indicadores de produtividade na CAPES.
Nepô não acredita em fundamentalismos de qualquer espécie. É um verdadeiro catalisador humano. A curadoria aqui não implica obrigatoriamente em agir como um 'gate keeper', como aquele que define o que é certo ou errado, bom ou ruim, tal como vemos no mercado de bens culturais. O livro de Nepô é um esforço genuinamente colaborativo, participativo, dinâmico, vivo. E aí talvez resida a parte mais inovadora dessa obra: o livro está sendo construído enquanto vocês estão lendo esse prefácio. Acreditem: o uso do gerúndio aqui é absolutamente pertinente. Não é obra pronta, definitiva. Nepô sabe que conceitos podem se transformar em metáforas mortas, esquecidas. Tal como em Nietzsche, suas ideias estão sempre em movimento." Luis Mangi
Administração