Aldeia dos mortos, de Adriana Vieira Lomar, chama a atenção pela originalidade. O protagonista é um feto que percebe tudo o que se passa fora da barriga da mãe, que participa da vida familiar e dos diferentes aspectos do universo físico e existencial ao seu redor. Um feto que anda na rua, segue os passos dos personagens, tenta interferir na história, apesar de não ter ainda nascido. Alguém que carrega em si um sentido real e metafórico e se propõe a uma missão difícil. Muitas vezes o feto é tratado como ele/ela, levantando a questão da identidade sexual que nos acompanha, de algum modo, desde que somos concebidos.
Romance