Quantas mortes cabem em uma pessoa? Como é o luto a partir da perda de uma parte do corpo? Bárbara sofre uma amputação em seu trabalho na fábrica e busca na escrita encontrar a completude que esse corpo não tem mais. Ela procura por si mesma, pela música que morava em seus dedos e pela magia de seu amor com Letícia.
Anatomia de um quase corpo é uma narrativa costurada pelas rupturas linguísticas, sonoridades e sinestesias da poesia. Possui o sensorial da música e da fábrica, do humano e da máquina. É uma anatomia que disseca a personagem e quem lê.
"Anatomia de um quase corpo traz uma reflexão contundente sobre o corpo-máquina, sobre quando começamos a morrer, ainda que não percebamos, e ainda, sobre olhar não para o que falta, mas para o que permanece. Um livro bonito e poético sobre fazer as pazes consigo mesmo e com a vida, escrito por alguém que conhece tão bem a condição humana e a literatura".
– Vanessa Passos, escritora e professora de escrita criativa, no prefácio do livro.
Ficção