Arte de Guerrilha examina a produção de artistas de vanguarda no Brasil no período da ditadura militar, entre os anos de 1969 e 1973. O objetivo de Artur Freitas é o de especificar, no interior da produção dita contracultural, as estratégias da arte de guerrilha, ou do “projeto conceitualista” como prefere, que reagiram à repressão política, à perda de direitos e à censura às artes, frutos do AI-5. O autor elegeu algumas obras como sintomas do imaginário do período, priorizando a interpretação cuidadosa de seis obras, ou intervenções, de três artistas: Cildo Meireles, Artur Barrio e Antonio Manuel. O autor mobiliza em suas análises noções de diferentes formas discursivas a partir das exigências suscitadas por cada obra singular, recorrendo a várias fontes: entrevistas e depoimentos, críticas em jornais e revistas, artigos teóricos, e referências poéticas supostas.