Os poemas de Lua Costa deixam claro que estão expondo dor, medo, tensão, mas não atordoam, devido à maestria da autora em manejá-los com leveza. A escritora pernambucana chega ao selo Auroras com seu calmo, amplo e inteligente As areias da ampulheta, marcando mais uma conquista literária no complexo tempo de pandemia do coronavírus. [...] Cheias de rimas, as estrofes têm aquele desejado potencial de se fixar na memória. Além disso, as reflexões sobre vazio, silêncio e espaço ativam lembranças e nos estimulam a pensar sobre o cotidiano comum, por vezes arrastado, mas sempre inédito. Afinal, todo dia é um dia novo. Lua Costa tem sua poesia como a areia que marca o tempo na ampulheta, fincando cada fase, cada inspiração e cada descoberta criativa em sua trajetória como escritora. [Dani Costa Russo]
Poemas, poesias