Um dos livros mais esperados do ano, segundo Publishers Weekly, BuzzFeed, The Rumpus, Lit Hub e The Week.
Quinze brilhantes escritores e escritoras mostram que, entre mães e filhos, muitas vezes o silêncio fala mais alto e o não dito é o que mais nos afeta.
Durante a faculdade, Michele Filgate começou a escrever um ensaio sobre o abuso que sofreu por parte do padrasto. Levou mais de uma década até que ela percebesse que, para além dele, o tema do ensaio era as consequências na sua relação com a mãe. Quando enfim foi publicado, em 2017, o ensaio viralizou e foi compartilhado milhares de vezes nas redes sociais por diversas pessoas, inclusive pelas escritoras Anne Lamott e Rebecca Solnit. A avalanche de respostas positivas deu ânimo para que Michele organizasse esta antologia, que oferece um olhar franco sobre as relações entre mães e filhos.
Alguns dos autores não falam com a mãe há muitos anos; outros são extremamente próximos. Leslie Jamison, por exemplo, escreve sobre a tentativa de descobrir quem era a sua mãe, aparentemente perfeita, antes de ela mesma se tornar mãe. No hilariante texto de Cathi Hanauer, ela finalmente tem a oportunidade de ter uma conversa com a mãe sem ser interrompida pelo seu pai, um homem ao mesmo tempo dominador e adorável. Temos textos sobre a surdez de uma mãe (por André Aciman) e sobre a franqueza desmedida de outra (por Julianna Baggott). Melissa Febos, por sua vez, usa a mitologia para analisar a estreita relação que tem com a mãe psicoterapeuta.
Há um alívio em quebrar esse silêncio em torno das relações maternas. Reconhecer que nos calamos por tanto tempo, e enfim poder ter essas conversas, é uma forma de curar nosso relacionamento com as mães e, talvez o mais importante, com nós mesmos.
Com textos de: Cathi Hanauer, Melissa Febos, Alexander Chee, Dylan Landis, Bernice L. McFadden, Julianna Baggott, Lynn Steger Strong, Kiese Laymon, Carmen Maria Machado, André Aciman, Sari Botton, Nayomi Munaweera, Brandon Taylor e Leslie Jamison.
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