Se você nunca ouviu falar do que acontece aos meninos da rua que somem sem que ninguém saiba dizer aonde foram parar, leia este livro. Ele é sobre crianças que não são como as outras crianças, crianças que ninguém olha de frente, que não têm quem as defende de nada, cuja escola é a perversidade das ruas da cidade. É uma história que teria - ou poderia ter? - acontecido na sua cidade, na sua praça mais mal falada. É uma novela de detetives, em que o detetive, infelizmente, não parece nenhum tira fenomenal como os dos filmes norte-americanos. É um policial honesto e preocupado com a justiça e o país.
Não se surpreenda, porém, mas quem está no comando dessa história são uma menina vendedora de espigas de milho e uma velha professora de matemática. Prepare seu coração, porque o ritmo é alucinante, o crime que ameaça os meninos é hediondo e os únicos que podem impedi-lo são um vagabundo bêbado e coxo e as meninas da Praça da Alfândega.