Thevet nos oferece a narração da viagem de ida, da França até o litoral paulista, ao longo da costa da África, e do regresso, costeando a América até o Canadá, em busca do Pólo Antártico. Tal itinerário implicaria na passagem pela Baía da Guanabara, na fundação do Forte Coligny, como coisas naturais, possessão de terras abandonadas. A França Antártica não passou de um episódio algo rocambolesco, entremeado de aventuras, de pirataria, de lutas diplomáticas e religiosas. De passagem, relato de animais, aves e peixes raros, de selvagens antropófagos e nus, de referências desairosas a portugueses e espanhóis. Há erros, incongruências, há narrativas por ouvir dizer, mas é dos primeiros grandes livros sobre a nova terra e a nova gente, ao lado de Hans Staden.