Tradutor e escritor brasileiro de ficção científica. Autor da pertencente à vertente ficção científica “hard”, ou seja, com maior rigor científico, detalhamento e pesquisa. Foi Calife quem sugeriu a Arthur C. Clarke uma seqüência para 2001: Uma Odisséia no Espaço, inclusive fora creditado por Clarke em 2010: Uma Odisseia no Espaço 2. Trabalhou também como tradutor de obras importantes da ficção científica no Brasil como Duna (livro) de Frank Herbert e Eu, robô de Isaac Asimov. Ele também é jornalista, apresentando um trabalho relevante em jornais e revistas do Brasil, principalmente no jornalismo científico.
Calife fez os estudos primários na Escola Estadual Alagoas, em Pilares, Rio de Janeiro. Em 1978, no início do curso de jornalismo na Faculdade de Comunicação Hélio Afonso, um episódio curioso acontece quando ele lê uma entrevista em que o romancista americano Arthur Clarke (1917 - 2008) anuncia o encerramento de sua carreira de autor de ficção. Tendo redigido uma fan fiction chamada 2002, em que imagina uma continuação para 2001, de Clarke, Calife em carta ao escritor americano pede a reconsideração da decisão sobre sua carreira e junto envia um resumo do conto. Um mês depois, recebe a resposta de Clarke que diz que havia gostado das idéias do conto e que o mostraria ao cineasta Stanley Kubrick. O conto 2002 acaba se tornando a semente do romance 2010: Odisséia 2, de 1982, e do filme 2010: O Ano em que Faremos Contato, de 1984, dirigido por Peter Hyams. Calife forma-se em jornalismo em 1982, mas antes estuda engenharia, sem concluir o curso. Traduz obras dos escritores de ficção científica Clarke e Isaac Asimov (1920 - 1992), e também a série Duna, de Frank Herbert (1920 - 1986). Em 1985 lança seu primeiro romance, Padrões de Contato. Trabalha no Jornal do Brasil de 1985 a 1993, depois passa por outros jornais, e chega a colaborar na extinta Revista Geográfica e na Manchete. Pelo livro Linha Terminal, recebe o Prêmio Nova da Associação Brasileira de Arte Fantástica, em 1992. Em 2004, publica três livros infantis, iniciando assim sua carreira nessa área. Escreve, desde junho de 1996, no caderno Cultura & Lazer do Diário do Vale de Volta Redonda.