Sobre a vida de Wera Ivanova Krijanowskaia (ou Krijanowski, como ficou conhecida no idioma francês), têm-se escassas informações.
O tradutor de "A Vingança do Judeu" para o idioma português relata, no prefácio da obra, que o espírito de Rochester escolheu e preparou a médium desde a infância, afim de cumprir a tarefa de propagação das verdades espirituais que o Espiritismo divulga e esclarece.
Ambos estiveram juntos em várias encarnações.
Relata também que Wera era jovem, filha de família russa muito distinta e que não obstante ter recebido uma sólida instrução no Instituto Imperial de São Petersburgo, não se aprofundou em nenhum ramo de conhecimentos.
Segundo revistas europeias, sua mediunidade "consistia, principalmente, da escrita_mecânica, cujo automatismo lhe era tão peculiar que sua mão traçava as palavras com uma rapidez vertiginosa e uma inconsciência completa das ideias, narrando acontecimentos históricos desde épocas bastante remotas, com rara minúcia, beleza e autenticidade.
Um senhor polonês que conheceu pessoalmente a médium relatou, há muitos anos, que ela foi rica e tinha até secretária. Encontrou-a, certa manhã, a recolher imensa quantidade de folhas de papel, ajudada pela secretária, inclusive caindo pelas escadas, repletas de palavras em péssima caligrafia, que ela havia escrito durante a noite toda em completo estado de inconsciência ou sono profundo. Wera não se lembrava de nada e colocava as folhas em ordem, decifrando o que estava escrito.
Esse mesmo senhor viu Wera na miséria percorrendo as ruas e perguntando às pessoas se conheciam seus livros, tentando reeditá-los. Seu intento fracassou e sua filha faleceu de tuberculose, sob o rigoroso inverno eslavo, em tempos de fome e revolução.
Entre 1885 e 1917 psicografou 51 romances assinados pelo espírito John Wilmot Rochester, dos quais alguns dos mais conhecidos em língua portuguesa são "O Faraó Mernephtah" e "O Chanceler de Ferro".