Hermann Ungar (1893-1929), foi um escritor judeu da Morávia de expressão alemã. Particularmente ativo no meio literário intelectual de Berlim, Viena e Praga na terceira década do século XX, Ungar foi influenciado pelo Expressionismo e pela psicanálise.
As suas obras testam até aos limites mais negros o tecido social e abordam temáticas de choque como a sexualidade e a doença psicológica. Admirado por todos os grandes nomes da cultura germanófil, foi comparado a Kafka aquando da sua publicação em França onde a sua obra foi traduzida perto do final da sua vida. Autor de dois romances, vários contos, peças de teatro e ensaios, Ungar foi esquecido durante a Segunda Guerra Mundial tendo as suas obras sido especialmente destacadas entre a lista de livros da destruir pelo regime nazi.
Nos anos 80, após uma nova tradução francesa da sua obra, o escritor foi ressuscitado tendo sido traduzido em mais de duas dezenas de línguas e vendo novamente o seu nome a figurar no cânone da literatura europeia.
Ele foi elogiado como um grande escritor por Thomas Mann, que se tornou padrinho do filho de Ungar, Tom (nascido Thomas Michael Ungar).
Obras:
- Meninos e Assassinos (1920)
- Os mutilados (1923, romance)
- O Assassinato do Capitão Hanika (1925, não-ficção)
- A Classe (1927, romance)
- O General Vermelho (1928, peça de teatro)
- A Árvore (1930, peça)
- Colbert's Journey (1930, contos)