Filósofo italiano, nasceu em 1901, em Salerno, Itália, e faleceu em 1990. Foi professor na Universidade de Turim. Considerado um dos representantes do existencialismo italiano.
Abbagnano procurou encontrar um princípio último metafísico a partir do qual todas as outras realidades fossem garantidas, sem que, contudo, se reduzissem a um puro racionalismo ou irracionalismo, realismo ou idealismo. O princípio por ele encontrado foi o conceito de "existência". O existente é o possível e a possibilidade é o que se situa entre o ser e o nada. Deste modo, a existência é concebida como problematicidade, na medida em que o homem pode, perante uma determinada situação, optar por se realizar, assumindo a possibilidade de ser, ou seja, desenvolvendo o possível; ou então pode negar essa mesma possibilidade de ser e aproximando-se do não ser. A primeira hipótese é a que encaminha o homem, transcendendo-se a si próprio, na direção do ser e da realização que deve caracterizar a sua existência.
A existência é, portanto, um "poder ser" que constitui, em última instância, a própria relação com o ser.
À noção de "possibilidade" Abbagnano junta a noção de "dever", que vem a resultar numa ética da possibilidade: estando o homem situado entre o que se pode ser livremente e o que se deve ser.