Archie Goodwin é um dos nomes mais respeitados dentro da indústria americana de histórias em quadrinhos.
Embora tenha atuado mais como roteirista e editor, também foi desenhista: começou como assistente de Leonard Starr em “Mary Perkins”. Também desenhou para a revista “Fishing World” e trabalhou como editor-chefe da “Redbook” (onde disse não ao portfólio de Andy Warhol e ainda deu lição de moral ao artista quanto a plagiar trabalhos dos outros).
Em 1962 Goodwin foi para a Harvey Comics (a editora de “Gasparzinho”), onde desenhou “Hermit”. Após sua passagem pela Harvey, atuou como editor dos famosos magazines de terror da Warren Publishing. A partir de então, seu currículo só cresceu. Em janeiro de 1967 assumiu os roteiros do “Agente Secreto X-9” e, junto com o desenhista Al Williamson, promoveu o retorno da série às suas origens. O King Features, querendo dar um toque mais moderno às tiras de “X-9”, mudou o seu título para “Agente Secreto Corrigan”. Williamson e Goodwin nunca gostaram do novo título, mas ele foi imposto pelo distribuidor.
Ainda para o King Features, escreveu “Capitão Kate”, com Hale e Jerry Skelly. Já para a editora Marvel, fez “Namor”, “Quarteto Fantástico”, “Homem de Ferro” etc. Mas Goodwin teve desentendimentos com a Marvel. O editor Stan Lee, por exemplo, o ameaçou, caso ele fosse trabalhar para a concorrente Atlas. Goodwin acabou indo para a DC, onde criou, junto com Walt Simonson, a aventura de espionagem do “Caçador”, para as páginas da revista “Detective Comics”. Escreveu e editou muitas revistas da DC nos anos 70, e chegou a atuar como editor-chefe na Marvel. Seu grande momento, foi quando assumiu a linha editorial da Epic Comics, da Marvel. Goodwin ficou no cargo de editor-chefe até 1978, quando foi substituído por Jim Shooter.
Voltou a trabalhar para a DC (onde ficou até o final da carreira, quando veio a falecer) e também colaborou com a United Feature, entre 1979-81, fazendo as páginas dominicais de “Tarzan” em parceria com o desenhista Gil Kane.