Ariana Harwicz nasceu em Buenos Aires, em 1977. Estudou roteiro e teatro na Argentina, graduou-se em Artes Cênicas pela Universidade Paris VII e obteve o mestrado em Literatura Comparada pela Sorbonne. Deu aulas de roteiro e escreveu duas peças. Dirigiu o documentário El Día del Ceviche (O Dia do Ceviche), exibido em festivais internacionais. Mora com a família em uma pequena cidade perto de Paris.
Morra, amor, publicado originalmente em 2012, é seu livro de estreia e a primeira parte de uma trilogia involuntária, chamada por Harwicz de trilogia da paixão, uma vez que os livros exploram a relação entre mães e filhos. Dela também fazem parte os romances La débil mental (A débil mental), de 2015, e Precoz (Precoce), de 2016. Morra, amor foi adaptado para o teatro na Argentina e em Israel e obteve grande reconhecimento da crítica internacional, com a edição em inglês sendo indicada, em 2018, ao Man Booker Prize. Harwicz também é autora de Degenerado (2019).
Comparada a Virginia Woolf e Nathalie Sarraute, Harwicz é uma das figuras mais radicais da literatura argentina contemporânea. Sua prosa é caracterizada por violência, erotismo, ironia e crítica aos clichês que envolvem as noções de família e as relações tradicionais.