Pagu




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Patrícia Rehder Galvão


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Nascimento: 09/06/1910 - 12/12/1962 | Local: Brasil - São Paulo - São João da Boa Vista

Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, foi poetisa, romancista, crítica, cronista, ilustradora e autora teatral, Pagu foi uma revolucionária. Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas “extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões. Nada compatível com sua origem familiar. Aos 19 anos, recém saída da Escola Normal da Capital, em São Paulo, juntou-se ao movimento antropofágico – gestado pelo casal modernista Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, Mário de Andrade e Raul Bopp, dentre outros. Estreou na Revista de Antropofagia em sua fase mais radical, a chamada “segunda dentição”, juntamente com Oswald, com quem foi casada de 1930 a 1934. Aos 20 anos, viajou a Buenos Aires, onde encontrou o líder comunista Luís Carlos Prestes e conheceu o escritor Jorge Luís Borges.
Militante do Partido Comunista, Pagu foi a primeira mulher presa por questões políticas no Brasil por sua participação em greve dos estivadores de Santos, em 1931. Permaneceu presa algumas semanas na Cadeia de Santos, edifício que atualmente sedia a Oficina Cultural Regional Pagu – da qual é patronesse.
Correspondente de vários jornais, Pagu visitou os Estados Unidos, o Japão e a China. Entrevistou Sigmund Freud e assistiu à coroação de Pu-Yi, o último imperador chinês. Por intermédio dele, conseguiu sementes de soja que foram enviadas ao Brasil e introduzidas na economia agrícola nacional. Casada com o crítico de arte Geraldo Ferraz, radicou-se em Santos e foi crítica literária, teatral e de televisão do jornal “A Tribuna”. Liderou a construção do Teatro Municipal, fundou a Associação dos Jornalistas Profissionais e criou a União do Teatro Amador de Santos, por onde passariam os novatos Aracy Balabanian, José Celso Martinez Correa, Sérgio Mamberti e Plínio Marcos. Pagu foi também a primeira tradutora de Arrabal para o português, introduzindo o teatro do absurdo no cenário brasileiro. Lutou desde 1949 contra um câncer, e encerrou sua brilhante trajetória no ano de 1962.


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