Paulistano nascido em 1962, Marcatti é reconhecido como o mais podre e alucinado quadrinhista que o Brasil se ressente de já ter visto.
Contabiliza 40 anos de produção desde a publicação de sua primeira HQ em agosto de 1977 (revista “Papagaio” nº 1, lançamento independente). Dono de uma pequena máquina offset adquirida em 1980, esparramou repugnância em 37 títulos (como “Lôdo”, “Mijo”, “Pântano”).
Apesar disso, em 1988, recebeu o troféu Jayme Cortez (AQC-ESP) em reconhecimento ao seu apoio aos quadrinhos nacionais. Nos anos de 1980, infectou revistas como Chiclete com Banana, Circo, Mil Perigos e Monga com seu trabalho. Também denegriu editoras como a Escala (“Frauzio”: 6 números, 200 mil exemplares, distribuição nacional em bancas), Opera Graphica, Devir e Conrad. Por essa última, publicou em 2005 “Mariposa”, livro que lhe rendeu o prêmio de “Ângelo Agostini de Melhor Roteirista” (AQC-ESP) e, em 2007, a aclamada adaptação da obra “A relíquia” de Eça de Queiroz.
Em 2012, ano em que foi homenageado como Grande Mestre pelo Troféu HQMix, adquiriu uma sexagenária impressora offset com o propósito de disponibilizar toda sua produção de mais dequatro décadas e continuar no repulsivo propósito de fazer o que não deve.
Na CCXP19, Marcatti lançará “Inês & Pedro”, obra produzida em parceria com a historiadora Libânia Molina de Souza.