Foi um poeta, tradutor, ensaísta e crítico de cinema carioca. Forma-se em direito na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, em 1953. Não segue a advocacia, mas trabalha como procurador da Superintendência Nacional da Marinha Mercante. Na segunda metade da década de 1950, integra o movimento de poesia concreta iniciado em 1952 com a publicação da revista Noigandres.
E passa a colaborar no Jornal do Brasil, em 1956, escrevendo para o Suplemento Dominical na página Poesia-Experiência, criado pelo crítico Mario Faustino (1930 - 1962), os seus primeiros poemas, além de artigos sobre cinema e literatura. Dois anos depois lança seu primeiro livro, Um e Dois, um conjunto de poemas concretos.
A partir de 1960, junto com os poetas da Noigandres, ocupa a página semanal Invenção, do jornal Correio Paulistano, com poemas concretos e traduções de poetas estrangeiros que os influenciam, como o norte-americano Ezra Pound (1885 - 1972). Em 1962, torna-se editor político do jornal Correio da Manhã e tem seus poemas publicados no quinto e último número da revista Noigandres. Nesse ano, o grupo lança a revista Invenção, desdobramento da página publicada no Correio Paulistano nos anos anteriores.
Grünewald segue escrevendo sobre cinema, arte e música popular, da qual se mostra grande conhecedor, em jornais como O Globo, Última Hora, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo e no próprio Correio da Manhã, em que permanece até 1970. Nessa seleção é possível perceber a influência que autores como os críticos de arte Walter Benjamin (1892 - 1940), Suzanne Langer (1895 - 1985) e o filósofo Maurice Merleau-Ponty (1908 - 1961) exercem na formação de sua crítica cinematográfica, embasada por conceitos filosóficos.
No início da década de 1980, desiludido com o que se produz no cinema mundial, dedica-se à publicação de antologias de poesia brasileira, francesa e inglesa como Igitur, do francês Stéphane Mallarmé (1842 - 1898), de 1984, e Os Cantos, de Ezra Pound, de 1986, que lhe rende o Prêmio Jabuti de tradução em 1987, ano em que reúne seus poemas, escritos de 1956 a 1985, na obra Escreviver. Morre no Rio de Janeiro, em 2000.