China Miéville trabalhou como professor de inglês no Egito, onde desenvolveu um gosto pela cultura árabe e pelo Oriente Médio. De volta para a Inglaterra, estudou Antropologia Social em Cambridge e posteriormente obteve o PHD com distinção, em Relações internacionais.
Ele gosta de descrever seu trabalho como "weird fiction" (mistura pulp do século 20 e o horror de HP Lovecraft), e pertence a um grupo de escritores que conscientemente, tenta levar a fantasia para longe de posições comerciais do gênero e dos clichés de Tolkien.
Ele é membro do British Socialist Workers Party, uma organização de corrente Trotskyista, e concorreu a uma vaga para a Câmara dos Comuns britânica na eleição geral de 2001 como candidato da Aliança Socialista, obtendo 459 votos. Sua opção política de esquerda se mostra na sua escrita (particularmente evidentes em Iron Council), bem como suas teorias sobre a literatura (declarou que "O Senhor dos Anéis" possui um carater reacionário).
China é capaz, com imaginação, de avançar de forma original e única, dentro de gêneros estabelecidos, como a fantasia (Perdido Street Station), o romance infantil (Un Lun Dun), a aventura clássica (The Scar), a história de detetives (The City & The City - "A Cidade & A Cidade" no Brasil), sem abdicar dos cenários fantásticos ou do sobrenatural.
São inúmeras as premiações concedidas a este incrível escritor, como o prêmio Arthur Charles Clarke e o British Fantasy Award por Perdido Street Station, O Locus e o Britsh Fantasy Award por The Scar, novamente outro Arthur Charles Clarke e outro Locus por Iron Council, além de outras tantas indicações para os prêmios Hugo e o Nebula.
No Brasil foi públicado seu primeiro romance "Rei Rato" (King Rat) pela editora Tarja e seus demais livros estão todos sendo públicados aqui pela editora Boitempo.