A vida de Henry Morgan, o pirata que todos temiam. O único romance histórico de John Steinbeck.
O jovem Henry Morgan, cujos olhos "avistavam além da parede e viam coisas incorpóreas", deixou a casa em Câmbria depois de consultar o mago Merlin e de ouvir o oráculo através da avó Gwenliana. Em sua mente ainda ressoavam as palavras de Dafyd, que depois de viajar pelas Índias voltou "a fim de chorar". O Velho Robert, seu pai, continuou a contemplar seu destino, repassando as pequenas derrotas que dele escarneciam "como as crianças das ruas atormentam um aleijado". A simplicidade da narrativa de John Steinbeck faz com que o leitor penetre no ambiente de Henry Morgan e viva com ele a sua luta, como quando o jovem embarca no Bristol Girl, pensando em iniciar o aprendizado que o levaria a líder dos bucaneiros, e vai aportar em Barbados, com enorme surpresa e choque irreparável. Mas o seu sonho de tornar-se o Capitão Morgan, terror dos espanhóis, perdurou sempre. Naquela época em que crescia a Irmandade Livre, aquartelada em Tortuga. Henry estava certo de que as previsões da velha Gwenliana seriam cumpridas. Depois que deixou Barbados, com uma pequena fortuna e foi rejeitado pelo nobre tio Sir Edward, iniciou no Ganymed suas aventuras de bucanejro. Mas o que diria Elizabeth, a menina que ficara em Câmbria? Ou a prima Elizabeth em Port Royal? A Inglaterra não estava em guerra com a Espanha, pelo menos as diplomacias viviam a contemporizar as relações. Então Henry Morgan era oficialmente um proscrito. Logo a imagem de Elizabeth era substituída pela Santa Vermelha, do Panamá. Todas as suas conquistas lhe desapareceram da memória. Precisava deitar-se no Berço de Ouro do Panamá... do inexpugnável e temido Panamá. A lenda da Santa Vermelha crescia entre os bucaneiros, e embora todos a desejassem e vivessem de sua lembrança imaginada, e amassem, temessem ou odiassem o Capitão Morgan, quem iria se aventurar a tamanha conquista? O autor penetra no âmago de Morgan, devassa-lhe as entranhas, o coração, a mente, como um audaz cirurgião. Morgan é herói, traidor, nobre, mesquinho, forte, pusilânime, pode ser mesmo cada um de nós, com as nossas aspirações e anseios, até que, por fim, chegamos a um final nem sempre esperado, quando outros olhos abrem-se em nós, para que possamos ver "além da parede", mesmo depois de adultos. Berço de Ouro, do laureado escritor americano John Steinbeck, vencedor do Prêmio Nobel de 1962, vem juntar-se à lista das suas memoráveís obras já publicadas pela Record, e traz todas as credenciais para repetir o sucesso experimentado por Doce Quinta--Feira, O Curto Reinado de Pepino IV, A Longa Noite Sem Lua. O Menino e o Alazão, A Pérola, O Vale Sem Fim, Viajando com Charley e O Filho Desejado.
[Wikipedia]: Cup of Gold: A Life of Sir Henry Morgan, Buccaneer, with Occasional Reference to History (1929) was John Steinbeck's first novel, a work of historical fiction based loosely on the life and death of 17th-century privateer Henry Morgan. It centres on Morgan's assault and sacking of Panama City (the "Cup of Gold"), and the woman (La Santa Roja, or the Red Saint) he seeks there, reputed to be fairer than the sun...
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https://en.m.wikipedia.org/wiki/Cup_of_Gold
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