Há poesia na ciência? Para Alberto Rojo, físico da Oakland University, em Michigan, e músico consagrado, a resposta é sim. E nesta coleção de ensaios, com erudição histórica e amplitude intelectual, ele nos faz passear por exemplos de encontros entre a ciência e a arte: antecipações literárias de avanços científicos e instâncias nas quais o critério estético marcou o caminho de descobertas científicas. O protagonista central é Jorge Luis Borges, o poeta mais citado por cientistas, que, em seu conto "O jardim dos Caminhos que se Bifurcam", antecipa de modo quase literal uma teoria científica que seria formulada anos depois: a interpretação dos muitos mundos da mecânico quântica. Os breves textos de Borges e a Mecânica Quântica revelam conexões inesperadas e reconciliam o antagonismo superficial entre a razão e as emoções.