Publicado em folhetim entre os anos de 1885 e 1886, Casa Velha é o sexto romance de Machado de Assis. Redescoberta pela pesquisadora Lúcia Miguel Pereira em 1944, a obra é a menos conhecida pelo grande público. O livro é narrado por um padre que decide escrever uma obra política sobre o Primeiro Reinado de D. Pedro I. Para realizar a pesquisa, procura a biblioteca de um ex-ministro, já falecido. Dona Antônia, a viúva, primeiro nega acesso do padre ao material, mas logo cede aos seus apelos. Ao iniciar as pesquisas, o padre se envolve com a rotina da Casa Velha e os problemas familiares. D. Antônia pede que convença o seu filho Félix a viajar com ele para a Europa. O padre procura Félix, mas o jovem rejeita a proposta. Logo o padre descobriria o motivo... A agregada Lalau parecia ser tratada como se fosse da família. A menina recebeu educação completa de D. Antônia e gozava de toda intimidade da casa-grande: fazia as refeições na mesa principal, ocupava assento privilegiado na capela, andava na mesma carruagem da família. No entanto, o leitor não demora a descobrir que o tratamento dado a Lalau nunca seria o mesmo dos demais integrantes da família. Lalau e Félix começam a se apaixonar, mas D. Antônia não permitiria o casamento da agregada com o seu filho. A partir do drama familiar, Casa Velha desvenda a sociedade hierarquizada do Segundo Reinado de Dom Pedro II e até que ponto o amor entre a agregada Lalau e o jovem rico Félix será capaz de superar a diferença de posição social.
Ficção / Literatura Brasileira / Romance