Um jovem ferreiro vê seu futuro queimar sob a ira do exército romano, e, arrastado contra sua vontade, é deportado de sua terra, a Britânia, para servir ao Império de Roma. Um homem livre que morreu para renascer, agora, como escravo. Sem fé, sem destino e sem nome, ele decide enterrar seu passado para sempre, passando a se apresentar como Vero. Levado até a capital para trabalhar no Anfiteatro Flávio, Vero se torna testemunha do sonho de pedra e glória do imperador Vespasiano, que está prestes a ser inaugurado por Tito, seu filho. A cidade aguarda ansiosamente pelos prometidos cem dias de jogos, entretenimento de sangue e morte na arena. Extasiado pela glória dos gladiadores romanos, Vero alimenta em si o sonho de deixar de ser escravo para também ser aclamado pelas multidões, até que um dia vê essa possibilidade surgir em seu caminho. Décio, o comprador de gladiadores, recruta Vero e Prisco, o gaulês, para lutarem na arena durante os jogos; e é na escola de gladiadores que os dois se tornam grandes amigos. Como opostos que se completam, Vero e Prisco são fogo e gelo no combate irmãos de alma. Mas essa amizade é inesperadamente tumultuada por um terceiro: Júlia, a filha do imperador. Um triângulo amoroso perigoso se forma, afastando os dois amigos para reuni-los novamente na arena de sangue. No primeiro dia de jogos do Anfiteatro Flávio, os dois ficam cara a cara novamente para lutar não como parceiros, mas como oponentes. O dia com que Vero tanto sonhara, agora é o que mais desejava não ter chegado. Perante o olhar atento de Cesar Augusto Tito, o detentor da vida e da morte, os jovens pisarão na arena para lutar por suas vidas e para tirar do outro o último suspiro. Sob o som inebriante do povo que grita e das arquibancadas que tremem, Roma nunca mais será a mesma.
Literatura Estrangeira