O que o leitor tem nas mãos é um tratado de patifaria intelectual. Mas não para uso dos patifes, e sim de suas possíveis vítimas. Trata-se de um receituário de precauções contra a argumentação desonesta, aquele tipo de polêmica interesseira onde o que importa não é provar, mas vencer. Ensina a reconhecer e a desmontar as artimanhas do debatedor capcioso — o sujeitinho que, nada tendo a objetar seriamente às razões do adversário, procura apenas desmoralizá-lo ou confundir a platéia para fazer com que o verdadeiro pareça falso e o falso verdadeiro. Na maior parte dos casos, um homem tanto mais gesticula e dramatiza em defesa de suas opiniões quanto menos está seguro delas por dentro, por não as haver examinado bem. Tradução da “dialética erística” de Schopenhauer: Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, notas e comentários: Olavo de Carvalho.
Filosofia