Neste terceiro volume de sua contra-história da filosofia, Michel Onfray analisa o século XVII no seu espírito de desconstrução dos mitos e lendas da história oficial da filosofia. No extremo oposto de um "Grande Século" de cartão-postal, com Descartes, Pascal ou Fénelon, descobrimos uma constelação de "libertinos barrocos" que, ainda cristãos, bebem em Montaigne, nos relatos de viagem dos descobridores do Novo Mundo, nos gabinetes de curiosidades, nas lições dadas pelas lunetas astronômicas, nas anamorfoses dos pintores... Esses filósofos se chamam Charron, La Mothe, Le Vayer, Saint-Évremond, Gassendi -- e Espinosa, que, estranhamente, nunca foi abordado sob o prisma da sua especificidade hedonista.
Filosofia