Coração, Cabeça e Estômago (1862) '-' Um curioso romance de Camilo Castelo Branco, talvez inédito para as ideias da época, utilizado pelo autor para denunciar alguns maus hábitos da sociedade do seu tempo. Nesta sua obra Camilo faz-lo dizendo, de forma subliminar, que as acções e as disposições do “Homem” seguem, no fim de contas, a espontaneidade e a vontade do corpo. Para isso constrói uma história dividida em três parte, conforme três órgãos diferentes do corpo: o Coração, que faz o Homem sentimental; a Cabeça que faz o homem ser racional; e por fim, o estômago, que reduz o Homem ao seu estado mais animal, sustentando as necessidades da fome.
Romance que conta a história de Silvestre da Silva, em três grandes fases da sua vida. Uma primeira em que ele dedica os seus amores e às “coisas do coração”, às quais ele depois diz ser uma “tolice brava”; a uma segunda fase ao “intelecto” e. finalmente a uma terceira em que afirma render-se aos apelos do estômago até morrer.
"A ciência do frade, pois, era a ciência das funções alimentícias. Todo o estômago, bem regulado, produz um génio".
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