Quando chega a primavera,
Parece até que pintores,
Retocando a natureza,
Pintaram múltiplas flores
E convidam nossos olhos
Para uma festa de cores.”
As cores são presentes infinitos oferecidos ao nosso olhar. Entretanto, é o dom da palavra que permite dar a cada cor um nome. E é o dom da palavra iluminada pela poesia que faz com que as cores ganhem alma e significado tão certeiros, que podemos enxergá-las, mesmo sem vê-las, apenas com os olhos do coração. Prosadora e poetisa, Maria Augusta de Medeiros nos contempla nesta obra com uma singela descrição das cores, começando por aquela que é a ausência de todas elas — o branco —, viajando pelas cores primárias e suas composições que formam as secundárias e terciárias, aliando o cordel às belíssimas ilustrações do artista gráfico Gilberto Tomé.