Em busca de respostas cientificamente comprováveis sobre a existência da reencarnação, o psiquiatra canadense Ian Stevenson debruçou-se por mais de quarenta anos sobre este complexo assunto. Um dos resultados dessa busca, o livro Crianças que se lembram de vidas passadas chega ao Brasil pela Editora Vida & Consciência, em versão revisada pelo próprio autor. A obra apresenta os casos mais importantes encontrados pelo pesquisador em experiências com crianças e tem como objetivo fornecer novos instrumentos para os estudos sobre reencarnação no Ocidente.
A obra reúne informações de mais de 2,5 mil casos de crianças que demonstram recordar de vidas passadas. Através de meticulosas análises, Stevenson encontrou consideráveis semelhanças entre essas histórias – o que permite ao autor a sistematização das mesmas ao ponto de poder descrever as características de um caso completo, as regiões de maior incidência, comportamentos padrão, temas das lembranças e situações em que as mortes e nascimentos ocorreram.
Com o intuito de familiarizar os leitores com fatos nos quais os estudos se baseiam, Stevenson incluiu no livro os resumos de 14 histórias: 12 que já constavam na primeira edição do livro e duas acrescentadas para esta versão. A edição também traz mais detalhes sobre os estudos de casos nos quais os indivíduos têm marcas de nascença e problemas congênitos pertinentes, como aconteceu com as gêmeas Gillian e Jennifer Pollock. Quando pequenas, as meninas demonstravam lembrar detalhes sobre a vida de suas irmãs, que faleceram poucos anos antes de seu nascimento e sobre as quais elas não poderiam ter conhecimento pelas vias normais. As gêmeas possuíam marcas congênitas idênticas e na mesma altura das cicatrizes de suas irmãs falecidas.
Este livro compõe uma série de estudos realizados por Ian Stevenson sobre reencarnação, lançada pela Editora Vida & Consciência. Já se encontram publicadas as obras Reencarnação – Vinte casos e Casos europeus de reencarnação. Dessa maneira, toda a pesquisa deste renomado psiquiatra pode ser acompanhada e estudada pelos leitores brasileiros. “Apesar da resistência da maioria dos cientistas, a ciência como um todo não tem nada a perder com a descoberta de que a personalidade humana pode sobreviver à morte do corpo físico”, afirma Stevenson.