Esta obra tem seu estudo centrado na discussão sobre a produção de práticas, sentidos e estratégias de governo. É um estudo sobre aquilo que é efetivamente enunciado por uma porção dos discursos da mídia educativa brasileira sobre a escola, o currículo e o professor. Em suas reflexões, a autora concebe o discurso como prática objetivadora e produtora, disposta por técnicas de poder, modos de saber e efeitos de verdade. O discurso em questão é mobilizado, como um programa de governo, para regular a vida dos indivíduos e tornar possível o alcance de determinadas metas. Para Pedro Garcia, em Currículo e mídia educativa brasileira: poder, saber e subjetivação, Marlucy Paraíso cria, para o leitor, um jogo complexo que ela mesma armou, cujo modelo se parece muito com o de Michel Foucalt em "Vigiar e punir".