A obra conta a história de uma legião de matadores, de objetivos um tanto obscuros, chamada Guild, um tipo de sindicato onde todos são classificados conforme os serviços prestados. Esse grupo caça as vítimas por meio dos reapers, ou ceifadores, assassinos fantasiados e cruéis, que competem entre si para ganhar notoriedade e respeito dentro de suas Guilds. Entre todos eles, se destaca uma menina extremamente letal: Deathko. A chegada da jovem abala o equilíbrio deste universo, uma vez que ela mostra total falta de respeito às regras vigentes. Com estilo só seu, que passeia entre o gótico e uma certa melancolia, Deathko odeia o mundo em que vive e está disposta a mudar tudo ao seu redor usando as ferramentas que possui. Todas as noites, ela deixa o porão de seu castelo, onde faz os mais variados instrumentos mortais, e sai à caça. Com ela do lado de fora, a morte espreita em todos os cantos.
Kaneko — conhecido dos leitores brasileiros por Bambi — dá sequência a alguns temas recorrentes em sua obra, como a exploração da ultraviolência, protagonistas femininas fortes e matadoras, personagens inusitados, uma construção narrativa em velocidade vertiginosa, afiada como uma foice, sem falar no traço belo e minimalista do autor. Porém, Death Disco vai ainda mais fundo na fantasia de terror e na crueldade dos personagens. Atsushi Kaneko junta aos tradicionais elementos do desenho de mangá traços do quadrinho underground europeu e norte-americano, gerando um resultando bastante particular, assustador e encantador ao mesmo tempo.
Artes / HQ, comics, mangá