Esta obra busca analisar os possíveis impactos políticos decorrentes das tecnologias características da Quarta Revolução Industrial, compreendendo seu potencial de alterar significativamente as democracias ocidentais. Para tanto, apresenta o contínuo processo de racionalização do Estado moderno até o advento da chamada Quarta Revolução Industrial, a qual é caracterizada pela geração e análise de dados a partir das tecnologias de big data, internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (machine learning), além de outras tecnologias disruptivas, como blockchain, impressoras 3D, novas descobertas nos campos da robótica e da nanotecnologia e de dispositivos que fundem aspectos físicos, digitais e biológicos. Diante desse cenário, o autor apresenta duas perspectivas possíveis: a formação de regimes autoritários por meio do controle informacional e do monitoramento e a possibilidade de utilização das novas tecnologias para a concretização e a expansão de direitos. Essa dúplice análise dos possíveis cenários emergentes a partir da utilização de novas tecnologias se faz absolutamente necessária neste início de século XXI, em que as democracias ocidentais experimentam notórias interferências em processos democráticos geradas por tecnologias antes inexistentes.
Direito