Quando minha avó descobriu que não tinha muito tempo de vida, ela embarcou em uma espiral de viagens incomuns e perigosas que iam de pular de aviões a mergulhar com tubarões. Não tive chance de contestá-la: fui bloqueado de seu celular e de suas redes sociais logo que me opus aos seus planos.
Meu único contato com ela passou a ser por meio de sua companheira de viagens. Eu acompanhava as loucuras da minha avó pelas fotos que a amiga dela me enviava, mas a programação das duas me parecia mais insana a cada passeio, e minha única alternativa foi ir atrás delas. Sim, talvez eu quisesse que minha avó ficasse em casa, mas ela teimava em comprovar com seu próprio exemplo a maior lição que poderia me dar: Só temos uma vida. E não podemos desperdiçá-la em hipótese alguma.
Quando a avó de Beck, Louise, descobre que não tem muito tempo de vida, ela embarca em uma viagem insana que envolve saltos de paraquedas, mergulhos com tubarões e várias outras loucuras. E não importa o quanto Beck proteste, a mulher está resoluta e não tem medo de bloquear o número do neto.
Agora, a única fonte de informação de Beck é Eleanor, a companheira de aventuras da avó, uma solteirona sem nada para fazer que também se recusa a pôr um fim na viagem. Ou pelo menos era o que Beck achava. Quando decide encontrar a avó e pôr fim naquilo ele mesmo, descobre que Eleanor não é ninguém menos que a linda mulher com quem quase teve um caso.
E, se ter deixado a moça esperando não fosse motivo suficiente para gerar uma antipatia, as diferentes abordagens de Beck e Eleanor sobre esta viagem com certeza vão colocar lenha na fogueira. Mas logo a jornada se mostrará mais transformadora do que os dois poderiam prever, e ambos vão precisar repensar decisões há muito tidas como certas.
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