Dias e Dias

Dias e Dias Ana Miranda


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História e ficção se encontram neste romance sobre o amor de uma mulher pelo poeta Antonio Gonçalves Dias, autor da "Canção do exílio". A narrativa combina a paixão da jovem Feliciana pela escrita romântica com a descrição dos costumes brasileiros no século XIX, a descoberta da cultura indígena e o refinamento da sensibilidade feminina.

"Estamos diante de um livro que não se consegue parar de ler", escreve José Mindlin na orelha deste romance de Ana Miranda. A história reúne três personagens centrais: Feliciana, uma jovem sonhadora e obstinada; o poeta romântico Antonio Gonçalves Dias, por quem ela nutre uma longa e intensa paixão, e o sabiá - não um sabiá específico, mas a espécie inteira, que na "Canção do exílio" simboliza a pátria distante.

A narrativa de Ana Miranda combina história e ficção para contar uma história sobre o amor, os costumes provincianos no interior do Brasil durante o século XIX, a descoberta da cultura indígena, a beleza da poesia e os mistérios da sensibilidade. No romance, Feliciana toma conhecimento da vida íntima de Gonçalves Dias por meio das cartas enviadas pelo poeta a seu grande amigo Alexandre Teófilo de Carvalho Leal. Mostradas a Feliciana por Maria Luíza, esposa de Teófilo, as cartas registram muitas das questões existenciais do poeta. Feliciana descreve de forma emocionante a paixão que as cartas alimentam, e seu relato revela refinamentos da alma feminina. A trama tecida pela autora faz com que o leitor se identifique com Feliciana, uma mulher que desvenda o que sente por meio da escrita e da memória.

Os personagens menores - o pai de Feliciana, colecionador de sabiás; Adelino, um tímido professor apaixonado por Feliciana, e Natalícia, a doce e severa preceptora - conferem ao livro uma grande riqueza humana. Antonio Gonçalves Dias (1823-1864) é o principal nome da poesia romântica brasileira. Além de "Canção do exílio", compôs os principais poemas da vertente indigenista do romantismo, entre eles "I-Juca-Pirama" e "Leito de folhas verdes". Com uma narrativa clara e simples, reproduzindo a linguagem do romantismo, Ana Miranda recorda mais uma vez a vida de um de nossos poetas - como fez também com Gregório de Matos em Boca do Inferno -, levando o leitor a uma viagem de encantamento linguístico e conhecimento histórico.

Literatura Brasileira / Romance

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Resenhas para Dias e Dias (74)

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Lindo
on 28/6/09


Eu temia que “Dias e Dias” fosse um típico romance histórico, cheio de descrições dos tempos de Gonçalves Dias. Mas não. “Dias e Dias” é mais poético do que eu esperava. A poesia de Ana Miranda faz a gente esquecer que se trata de um romance histórico. Inclusive, o romance mistura história com ficção. A narradora, Feliciana, fala de sua vida em Caxias, no interior do Maranhão, e de seu amor platônico por Gonçalves Dias. Tudo de forma leve e poética. É alegria grande conviver com os per... leia mais

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Desejam57
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