As pessoas sempre descreveram Aldon como imaturo e inconsequente, mesmo que carregasse nas costas um século de vida (e um pouco mais). Descendente de figuras lendárias, ele carrega consigo o legado de não ter sido a lenda que deveria ser. Rio das Ostras torna-se o seu refúgio paradisíaco impregnado de vida humana. E, mesmo com sua figura grandiosa, por vezes destoante do cenário e cheia de detalhes não humanos e mal vistos, perde-se assiduamente nos intentos de alegria, banhos de mar, épocas de carnaval e trabalhos mal remunerados.
Embora sua figura e forma física evoquem titãs de outras eras, e que suas presas e bocas largas tenham como único intuito destruir e dilacerar, a única preocupação que o habita é beber cerveja e ignorar os chamados de seu irmão, que atravessam todas as camadas do Universo para soar tragicamente aos seus ouvidos. Não importa ser irmão de quem seja, não importa que Dortus seja conhecido em Dorhor como a morte que caminha sob duas pernas. É verão em Rio das Ostras e ele quer ser livre.
Uma história sobre encontrar todas as dobras mais escuras da existência humana e os sintomas dos maus espíritos que atuam nela. Um retrato do limiar estreito que é necessário seguir nesses encontros e como os personagens os fazem para sobreviver. A regra é clara: os maus espíritos são os predadores naturais dos humanos e eles decompõem todos os trejeitos de felicidade.
Aventura / Fantasia / Ficção / Terror