Capa – Nota: 10
A arte de Caio Monteiro é uma clara homenagem não apenas ao nome da revista, mas a primeira e histórica edição de ‘94. Ela trás a mensagem do que o leitor verá quando folhar suas páginas – RPG e Tormenta. Ela é o maravilhoso wallpaper que muitos dos financiadores (eu, por exemplo) ganharam junto de sua edição.
Notícias do Bardo & Pergaminhos dos Leitores – Nota: s/n
Aqui temos algumas coisas à serem ditas. A primeira, e mais importante na minha opinião, são os temas da seção Notícias. Uma de minhas primeiras preocupações quando soube da volta da DB sob a tutela da editora Jambô era de como seria o tratamento quanto às outras tantas e ótimas editoras de RPG do mercado brasileiro. Ora, não sejamos ingênuos pensando que o RPG não é visto como negócio, e DB sendo lançada pela Jambô tem um papel e interesse quanto à isso. Pois esta foi uma grata surpresa, pois muitas editoras (concorrentes, mesmo que amigas) foram citadas. Outra ponto interessante foi a possibilidade que uma edição digital nos proporciona de termos acesso à links diretos nas matérias lidas.
Já o Pergaminhos dos Leitores não teve pergaminhos, muito menos leitores. Foi uma espécie de jogral de duas páginas apresentando Paladinos variados. Particularmente não gostei, pois esperava ver já nesta edição a interação da revista com seus leitores – algo que poderia ter sido facilmente preparado desde seu anúncio. Vamos ver como será na próxima edição.
Resenha: Dados e Homens – Nota: 10
A primeira matéria propriamente dita tinha de ser assinada pelo Trevisan e nada melhor do que uma resenha sobre um grande livro que destrincha os primórdios conceituas de D&D. Ele toca diretamente no ponto apresentando ao leitor uma chave de leitura digna de sua experiência como rpgista e participante ancião do primeiro período da DB.
Sir Holland – Nota: 7,5
Na média...
Dicas do Mestre: Primeira Aventura – Nota: 8
A típica seção que todo o blog que se preza possui dentre as suas tags. Com este “novo” nascimento da DB ela tem a clara preocupação de abraçar os novos rpgistas, que estão surgindo à cada ano. A preocupação aqui é de como dar seus primeiros passos neste maravilhoso hobby, mas com uma visão moderna própria do século XXI. Mas sem querer desmerecer a seção, ela é um pouco senso comum (embora nada errado com isso), visando, em última análise, apresentar uma série de canais de RPG por stream, seguido de uma lista de sistemas e títulos atuais do mercado. Particularmente acho que ela poderia ter focado diretamente nos canais de RPG e como eles poderiam ser utilizados no aprendizado dos novatos.
3d&T: O céu é de Ninguém – Nota: 10
Bruno Schlatter, autor desta matéria, foi anunciado como um dos maiores entendedores do sistema 3d&T, e o elogio não foi exagerado. Ele nos presenteia com um texto que para mim é a alma de toda a revista de RPG que se preze e sua principal função – apresentar material jogável de alta qualidade. Com uma adaptação dos conceitos do game No Man’s Sky para o sistema 3d&T, somos presenteados com um ótimo material repleto de recursos para vivermos aventuras pelo universo à fora. Fazendo referência, sempre que necessário ao material já lançado pela editora, com direito à links, temos um ótimo número de novos recursos para aventuras ainda mais surpreendentes. É um ótimo material para começar a ser arquivado para um verdadeiro banco de dados sobre o sistema.
Gazeta do reinado – Nota: 9,5
Em época da Dragon Slayer está era uma das minhas seções preferidas. Como eu já disse, a função máxima de uma publicação de RPG é garantir material para os jogadores e a Gazeta é pura informação relevante para novas aventuras ou longas campanhas. São 5 plots interessantes e facilmente utilizáveis. Uma crítica minha, possivelmente por puro pedantismo, é que a Gazeta do Reinado poderia ter o visual de um verdadeiro jornal, com separações de suas matérias em caixas delimitadas, e não sob a forma de colunas contínuas. Daria um ar mais verdadeiro à proposta de “jornal” desta coluna.
Brigada Ligeira Estelar: A Voz do Sabre – Nota: 10
A proposta da Voz do Sabre é a mesmíssima da Gazeta do Reinado, e aprovo cem por cento. Tanto por ser uma fonte de plots, quanto por ser um cenário muito querido por mim. Alexandre Lancaster, a mente pensante e criadora deste cenário futurista de 3d&T, não perde o tom em criar quatro plots muito interessantes (adorei o plot dos atentados em Alabarda). Mas vocês podem me questionar sobre o por quê de eu ter concedido nota 9,5 para a Gazeta e 10 para a Voz, já que ambas têm o mesmo designe. Ora, a proposta de um jornal, como a Gazeta, precisa de um elemento visual mais compatível, enquanto para a Voz, tal qual um periódico futurista, fica compatível com colunas contínuas.
Monster Chef – Nota: 9
Seção imprescindível para uma revista de RPG. Uma fonte de monstros e antagonistas é muito importante para os mestres e grupos de plantão, e esta criatura, baseada no programa de mesmo nome, foi uma ótima primeira matéria. Espero que traga coisas novas e que não se restrinja em copiar o que foi criado no canal, para proporcionar assim mais e mais material.
Especial: o melhora da Dragão Brasil – as edições favoritas de seus editores favoritos – Nota: 8
Matéria histórica sobre as lembranças e preferências dos editores da atual Dragão Brasil, sobre as edições históricas da antiga DB. Vale pela curiosidade de pessoas como Trevian, Cassaro e Saladino, por sua participação efetiva na criação de tais edições. As escolhas de Guilherme, Brauner e Caldela, valem pela visão de fãs que eles tinham quando de suas escolhas.
Dedicação – Nota: 10
Embora a seção não receba o nome de Contos ela é claramente a antiga seção renascida das cinzas, e em Dedicações ela renasce com toda a qualidade. Embora sempre fiquemos com um gostinho de ‘quero mais’ ela tem o tamanho e o tom certo, atingido com a qualidade habitual encontrada nos textos do Guilherme Dei Svaldi. Espero ansioso os próximos.
Renascido das Trevas - a volta de Vampiro: a máscara – Nota: 10
Eva Cruz Andrade é o rosto feminino desta edição, onde fala daquilo que ela conhece muito bem – o mundo das trevas. Embora seja um texto histórico/informativo no melhor estilo ‘matéria de jornal’, é impossível não percebermos seu conhecimento e paixão pelo sistema que dominou os anos noventa e que está meramente em torpor. O que importa é dizer que Vampiro: a máscara está voltando com tudo e esperamos ter mais matérias (mais aprofundadas e jogáveis) escritas pelas mãos da Eva.
Ganchos de Aventuras! – Nota: 9,5
Ganchos e ganchos e mais ganchos.... um baú cheio de ganchos. Este é um verdadeiro tesouro para os mestres. A falta de ideias pode ser um problema pontual em meio à um a sessão que pode ser facilmente resolvido escolhendo aleatoriamente uma das 113 opções desta seção. Os primeiros 88 ganchos são da dupla Leonel Caldela e Gustavo Brauner. As outras 25 são criações de uma série de fãs e leitores. A única ressalva aqui é de que com relação aos temas dos ganchos. A grande maioria deles é próprio para cenário de fantasia, ou pelo menos são ‘coringas’. Mas alguns poucos são claramente para um cenário futurista. Ao meu ver o ideal seria, quando nesta mescla, separar os ganchos por temas, para facilitar quem estiver procurando ajuda.
Tormenta: o avanço implacável da Tormenta – Nota: 10
Jamil, ainda o único kender de Arton, é verdadeiramente um fã apaixonado pelo sistema. E ninguém melhor do que ele para contar a história deste maravilhoso cenário (um dos motivos para eu ter criado o blog com o sugestivo nome Confraria de Arton) totalmente nacional e que beira duas décadas. Com texto fluido e cheio de referências históricas, de dentro e fora do cenário, ele nos leva à uma jornada que começa na histórica edição #50 da DB até o lançamento do Mundos dos Deuses.
Lado B do RPG – Nota: 10
Esta seção me pegou de surpresa. Muito bem escrita por Eduardo Caetano, ela apresenta o RPG Sertão Bravio dando pinceladas em sua mecânica bem como jogabilidade, deixando-nos com vontade de ir mais à fundo no sistema apresentado. Seções como essa são importantíssimas para o futuro do RPG, dando incentivo e visibilidade para projetos que, muitas vezes, podem se perder no mar de projetos em meio à internet. O cenário indie agradece!
Chefe de Fase: Thaethnem Taheldariem – Nota: 8
Outra daquelas seções importantíssimas para os mestres e mesas de RPG de plantão que precisam de uma mãozinha. Como não se apaixonar por esse elfo que vivencia a mesma dor de sua deusa, Glórien, sentindo-se culpado por um fato ocorrido. Ele segue a visão de muitos dos elfos do cenário – pária, sem lar, deprimido e atrás de vingança. A matéria vem com fichas para Tormenta RPG (óbvio) e D&D 5E. Mas isso foi pouco. Tenho certeza que haveria espaço para mais adaptações, como 3d&T e outros tantos cenários de fantasia do mercado, ao invés de apostar em um sistema que nem foi traduzido ainda (embora seja muito jogado).
Comentários – Nota: 8
Para quem apoiou o projeto a partir de um valor específico, recebeu sua DB com o que seriam comentários dos editores. Confesso que não sabia muito bem o que esperar. Nesta edição #113 vieram dois comentários: um do Guilherme, sobre seu conto, e outro do Trevisan, sobre a matéria do Jamil sobre a história de Tormenta como um cenário. Pelo teor desta seção ela deveria ter um link direto em cada matéria direcionando para os comentários. Ao meu ver seriam muito mais uteis se diretamente na matéria, embora isso impossibilitasse de que fossem separadas por tipo de pagamento e acabariam fazendo parte do corpo da publicação. Minha primeira impressão era de que teríamos comentários e links espalhados por toda a publicação com notas rápidas dos autores (tal e qual edições comentadas de filmes) com referências, particularidades, detalhes, curiosidades etc.
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