Um delicado fio de poesia perpassa os escritos de João Anzanello Carrascoza. Neles, situações aparentemente corriqueiras do cotidiano tornam-se imagens cinematográficas. Num cenário iluminado por extremo lirismo – cercado de intenções veladas, silêncios, olhares reveladores emoções familiares –, um girar de pião sustenta a ligação entre pai e filho; um almoço entre amigos denuncia os resíduos fundamentais da vida; em meio a uma mudança, o insustentável se revela na vida de um casal; a relação mãe e filho vista no violento cotidiano do morro; é felicidade é fotografada em preto-e-branco.
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