Um dos personagens mais populares de Luis Fernando Verissimo, o detetive Ed Mort apareceu pela primeira vez em 1979, no conto “A armadilha”, para nunca mais sair de cena. De língua afiada, coração mole e sempre sem um tostão no bolso, saiu das páginas dos livros, virou filme e, mais recentemente, minissérie para a televisão no canal Multishow, com Fernando Caruso no papel do detetive trapalhão. Paródia dos detetives clássicos da literatura policial, esse Sherlock Holmes tupiniquim resolve os casos mais inusitados de um jeitinho bem brasileiro. Ele aluga um "escri" (pequeno demais para chamar de escritório) em Copacabana e o divide com 117 baratas e um rato chamado Voltaire. Um de seus maiores orgulhos é a plaqueta com seu nome na porta da sala. "Mort. Ed Mort", indica a plaqueta." Seus únicos objetos de valor são uma caneta Bic e um telefone mudo. Seu carro está num estacionamento há três anos porque não tem dinheiro para pagar a estada e seu revólver 38 está empenhado "Mas canivete também é arma." Ed Mort é assim. Sempre se metendo nas maiores encrencas para desvendar casos de maridos desaparecidos e se esquecendo de cobrar de suas belas clientes, Ed Mort até hoje espera por uma garota que queira provar o seu fettucine.
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