Durante muito tempo não houve instituições responsáveis pela criança, o seu surgimento tem relação ao nascimento da escola, bem como ao pensamento pedagógico moderno, num período de várias transformações econômicas, políticas e científicas, e ainda com a invenção da imprensa, permitindo acesso à leitura.
Com a Revolução Industrial houve mudanças quanto à forma de tratar a infância, surgindo as creches e pré-escolas com o intuito de dar suporte a uma nova estrutura familiar da época.
A educação infantil está envolvida pelo educar e pelo cuidar, as crianças necessitam de atenção, carinho e segurança para sobreviver. Além disso, por meio de experiências com pessoas e coisas entram em contato com o mundo que as cerca.
O ato de cuidar abrange desde a organização dos horários de funcionamento, organização do espaço e materiais oferecidos. Já no ato de educar a criança mantém interação com as pessoas e as coisas, atribuindo significados com o que o cerca e participando de uma experiência cultural.
Nesta perspectiva a criança deve ser vista como um sujeito que vive no mundo da fantasia, do sonho, onde a afetividade, a brincadeira apresenta caráter subjetivo.
O cuidar e o educar dão características próprias à educação infantil, buscando formar um cidadão crítico e participativo na sociedade.
Assim, a forma como a creche e a pré-escola se organiza para constituir um processo de produção de sentidos e de criação de significados é o currículo, que deve incluir os mais variados elementos da vida das crianças e de seu grupo ou experiências vividas por eles.
O currículo precisa envolver aspectos da experiência política, dos modos de viver e de relacionar-se, do folclore, da literatura, da arte, da música, da TV, da revistas e jornais etc., pois não há um único conhecimento, consequentemente não existe apenas um currículo.
Com isso, devem-se levar em conta as diferenças de classes sociais, bem como a diversidade de etnia, sexo e cultura, a educação infantil precisa estar voltada á educação para a cidadania.
Faz-se necessário ensinar as crianças para que sejam cooperativas, autônomas e responsáveis, confiando nas suas formas próprias de agir e aprender.
O maior desafio é colocar a criança em contato com novas experiências, com novos conhecimentos, buscando desenvolver na criança a capacidade de ser criativo, de fazer coisas e de agir ativamente na sociedade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CRAIDY, Maria e KAERCHER, Gladis. Educação Infantil: pra que te quero. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.