Enervadas

Enervadas Chrysanthème


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Enervadas (Acervo #17)





Livro raro de uma das preciosidades mais bem guardadas da literatura brasileira, a carioca Chrysanthème (1870-1948), autora importante do início do século XX, uma das pioneiras ao levar as causas feministas para a literatura. Enervadas, um romance de 1922 , contém passagens de críticas veementes contra a submissão e os limites à liberdade reservados às mulheres, além de ser uma divertida crônica sobre as classes abastadas do Rio de Janeiro na República Velha.

Moderna e dona de "um temperamento inimigo da fixidez e da banalidade", a protagonista Lúcia recebe, no primeiro capítulo do livro, o diagnóstico médico de que é uma "enervada", categoria na qual a ciência da época reunia uma ampla gama de mulheres insatisfeitas. O plural do título se refere também às amigas de Lúcia, que considera suas semelhantes. A protagonista, no entanto, questiona o diagnóstico: ser "enervada" significaria apenas ter desejo de beijar esse médico, a quem confessa seus "gostos, sonhos e temperamentos"? "Certamente que não", diz ela. "Isso é ser-se humano e mais nada."

O romance recua, em forma de diário, à vida amorosa da protagonista curiosa e sexualmente livre. Atraída pelos dotes de dançarino de um funcionário do Ministério do Exterior, casa-se com ele, mas logo se entedia e, ao ver-se explorada, segue-se a inevitável separação. Ao longo da narrativa, sucedem-se flertes e romances, entremeados por uma vida social intensa e algum consumo de morfina. Lúcia compartilha dúvidas e insatisfações com amigas fiéis: Maria Helena, lésbica; Laura, namoradeira em série; Magdalena, cocainômana; e Margarida, satisfeita mãe de muitos filhos.

Ficção / Literatura Brasileira / Romance

Edições (1)

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Enervadas

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Resenhas para Enervadas (3)

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on 24/7/23


Gostei de ler para conhecer uma autora brasileira que foi muito prolífica e, mesmo assim, foi apagada da história literária e sua obra quase inteira está perdida... o texto decididamente faz jus a época no qual foi escrito, tem a voz de uma burguesia branca carioca que aspira ser francesa, mas, é a voz de uma "garota moderna" dentro disso. Algumas partes evocam um feminismo incipiente bem radical, mas o livro tem um desfecho morno, chato e que apesar de ser previsível no contexto geral... leia mais

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Marianna
cadastrou em:
01/09/2022 15:21:31
Ana Gabriela
editou em:
07/11/2022 09:16:11

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