Publicado há pouco mais de duzentos anos, em 1798, este ensaio destaca-se como a mais conhecida e importante das obras de Thomas Malthus (1766-1834). A sua inclusão na colecção Clássicos das Publicações Europa-América é, assim, da mais elementar justiça.
Em plena primeira fase da Revolução Industrial inglesa, Malthus apela à urgência da reflexão sobre a demografia e a economia, socorrendo-se dos exemplos práticos de diferentes nações, Estados e possessões — da Prússia e dos diversos estados do Sacro Império Romano-Germânico às colónias espanholas da América, aos Estados Unidos e à China.
Analisando a capacidade de reprodução do ser humano, conclui que contrariamente à tendência multiplicativa do homem, a terra não se pode multiplicar. O resultado dessa teoria é inevitável: o número de habitantes está destinado, cedo ou tarde, a superar a quantidade de alimentos produzida vivendo parte da humanidade presa à miséria.Nesse processo, refuta ou perfilha os ensinamentos de figuras cruciais da Economia Política e das Ciências Sociais do século XVIII como Condorcet, Humboldt e Godwin.
Uma obra notável pela sua presciência da realidade do planeta nos séculos XIX, XX e XXI. Um clássico fundamental para pensar o presente e o futuro.
(Editora Europa-America)