Durante mais de trinta anos, Shu Wen procurou por seu marido Kejun nas áridas montanhas tibetanas. A jornalista Xinran, autora do comovente As boas mulheres da China, neste segundo livro desvenda, com sensibilidade, a vida e a alma de uma mulher fora do comum.
A escritora chinesa Xinran se encantou pela história contada neste Enterro celestial no período em que apresentou o programa de rádio Palavras na Brisa Noturna, quando ela coletou dezenas de relatos sobre as duras condições de vida das mulheres na China contemporânea. Essas narrativas estão condensadas no livro As boas mulheres da China (Companhia das Letras, 2003), título responsável por incluir a autora na lista dos mais vendidos de todo o mundo. Numa das edições do programa, Xinran conheceu Shu Wen e sua espantosa história de vida.
O casamento de Shu Wen com o jovem médico Kejun durou menos de cem dias. O rapaz, influenciado pelo entusiasmo que tomou conta da China nos anos subseqüentes à revolução de 1949, alistou-se no Exército e logo foi enviado ao Tibet com as tropas que auxiliariam o governo chinês a "libertar" o povo da região. Dois meses depois, no quartel-general da cidade de Suzhou, Shu Wen recebeu a notícia de que ele havia morrido. Insatisfeita com os relatórios e as explicações oficiais, partiu para o Tibet em busca de Kejun, numa viagem que levaria mais de três décadas. Lá, além de encontrar um sentido para a morte do marido, ela viveu uma experiência singular de autoconhecimento.
"Xinran é jornalista, e Enterro celestial é oferecido como não-ficção, mas o tom da narrativa é mítico - um romance épico sobre perda e redenção, de perseverança estóica diante dos caprichos do destino." - FT Magazine
"Esta história de uma mulher extraordinária, contada por outra mulher extraordinária, permanecerá com você muito tempo depois de fechar o livro." - The Times
Literatura Estrangeira / Não-ficção