No século XVI, a Baía de Guanabara abrigou a França Antártica, chefiada por Nicolas Durand de Villegagnon. Tal como a Europa de então, a colônia se encontrava dividida em vários grupos religiosos, sobretudo católicos e huguenotes, que mantinham relação ambígua e conflituosa. Os protestantes afirmavam procurar no Novo Mundo um lugar onde pudessem “melhor servir a Deus”. Neste livro, o autor – mestre e doutorando em história pela UFF – busca reconstruir a discussão através da qual os huguenotes elaboraram esse ideal e seus desdobramentos religiosos, políticos, econômicos e sociais, analisando cartas e relatos impressos produzidos por tão singulares personagens. A obra aborda a pluralidade de significados do continente americano para a cultura europeia da época, nessa aventura num Brasil dividido entre portugueses e franceses. Para o embaixador e historiador Vasco Mariz, “esse novo ângulo escolhido pelo autor é original na nossa bibliografia sobre o assunto e merece atenção e estudo”.
História do Brasil