No começo dos anos 1960, produtores europeus se lançaram à tarefa de realizar westerns. Durante quase duas décadas, realizadores de Itália, Espanha, França e Alemanha lançaram 550 filmes dentro desse ciclo de produção, que ficou conhecido como spaghetti western. Críticos prestigiados espinafraram as obras e seus diretores, mas isso não impediu que o subgênero se tornasse sucesso de público. Um diretor foi o grande responsável por esse fenômeno. Sergio Leone introduziu humor negro e ironia no gênero, representou os caubóis como homens sujos e criou novas técnicas de representação imagética e sonora. Este livro examina todos os filmes de Leone, analisando exaustivamente cenas importantes para encontrar e explicar os padrões recorrentes de imagem, som e narrativa que constroem o estilo do diretor. O estudo aponta, ainda, a influência exercida pelos filmes dele na gramática do cinema comercial contemporâneo, e defende a tese de que Sergio Leone possui a mesma estatura de grandes renovadores da linguagem cinematográfica, a exemplo de Jean-Luc Godard e Ingmar Bergman.