Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o contexto de violência inevitavelmente penetrou na consciência e nas palavras de muitos jovens. Éramos jovens na guerra acompanha as cartas e os diários de 16 adolescentes, às vezes de lados opostos do conflito, que escrevem de forma direta e persuasiva sobre suas reações e pontos de vista.
São ingleses, franceses, americanos, japoneses, poloneses, alemães e russos: cada um com uma história única para contar. Tanto jovens de países do Eixo quanto dos Aliados conviveram diretamente com a fome, a morte e o medo. A intensidade dos relatos presentes neste livro reflete a dor pela perda, o temor de ocupações, invasões e bombardeios, além do receio daqueles que tiveram seu futuro posto em xeque.
As autoras relembram o famoso diário de Anne Frank, morta aos 15 anos no campo de concentração de Bergen-Belsen. Elas levam em conta, no entanto, que os relatos de Anne contêm dramas comuns a tantos outros jovens da época. Muitas das histórias apresentadas em Éramos jovens na guerra acabaram fragmentadas ou encerradas de forma abrupta.
Somente três desses jovens sobreviveram. Alguns lutaram e morreram na guerra, outros sucumbiram à fome, muitos foram separados de suas famílias. Todos se viram forçados a amadurecer e tiveram suas vidas transformadas por suas experiências. São relatos que ajudam a construir uma imagem comovente da esperança, medo, preconceito e alegria, de uma juventude que presenciou os horrores de uma guerra mundial.
História / Não-ficção