No segundo volume da trilogia Os sonâmbulos, o protagonista August Esch se divide entre a moral religiosa, a revolução e seus muitos amores. O segundo sonâmbulo carrega o estado de espírito anárquico do começo do século XX.
Em Esch ou a anarquia, os valores são encobertos. O que para Pasenow era bastante claro – os princípios de ordem, fidelidade, sacrifício –, neste segundo romance são apenas imperativos sociais sem resposta. Segundo Milan Kundera, em seu A arte do romance, “quanto menos Esch sabe o que quer, mais furiosamente ele o quer.”
Para ele, o mundo se divide entre os reinos do Bem e do Mal num tempo em que esses valores não são mais tão facilmente identificáveis. Confuso, mas sempre seguindo adiante pelos impulsos da sexualidade, Esch cambaleia entre o dever autoimposto de salvar a inocência da desejada Ilona, lutar pelo amigo sindicalista Martin Geyring, preso durante uma greve, seguir os caminhos religiosos de Fritz Lohberg e se mudar para os Estados Unidos.
Ficção